A cerimônia de posse de Dilma Roussef na Presidência da República, mesmo com a forte chuva que caiu em Brasília no ultimo sábado (1º), "foi um sucesso", na avaliação da secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra. Ela fez um balanço da solenidade em entrevista à Agência Senado e à TV Senado.
- [A cerimônia] Estava bem organizada e não houve imprevistos - disse Cláudia Lyra, ao falar sobre a organização do evento sob sua coordenação, cuja preparação durou cinco meses.
A receita para o sucesso da cerimônia de posse da presidente e do vice-presidente da República eleitos em 2010, na avaliação de Cláudia Lyra, foi a sincronia entre todos os setores da Casa envolvidos e destes com os parceiros externos. Entre eles, Cláudia Lyra citou a Câmara dos Deputados, o Gabinete de Transição de Governo, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Itamaraty, o 1º Regimento de Cavalaria de Guarda, conhecido como Dragões da Independência, e o 32° Grupo de Artilharia de Campanha ou Bateria Caiena do Exército.
O diretor da Secretaria de Policia Legislativa do Senado Federal (SPOL), Pedro Ricardo Araujo Carvalho, informou que para o evento foram mobilizados 200 policiais do Senado e mais 80 policiais da Câmara. A atuação da Polícia Legislativa limita-se às dependências do Congresso Nacional.
Emergências e Segurança
No dia da posse, para garantir que tudo saísse conforme o previsto, relatou Cláudia Lyra, somente três pessoas tinham acesso a um número de celular a ser utilizado em caso de emergência: ela própria, o chefe do Cerimonial da Presidência, embaixador Renato Mosca, e a diretora da Secretaria de Relações Públicas, Juliana Rebelo.
O telefone foi utilizado, por exemplo, pelo chefe do Cerimonial para informar que a presidente eleita chegaria ao Palácio do Congresso pelo Salão Branco, também conhecido como Chapelaria, e não pela rampa do Congresso, devido à forte chuva que caía naquele momento. A informação foi dada com 15 minutos de antecedência e não causou nenhum transtorno, disse Cláudia, até porque esta possibilidade já havia sido prevista no ensaio da cerimônia.
O diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, disse que a alternativa da Chapelaria era mais problemática, por reunir muitas pessoas em um espaço restrito. Ele salientou, no entanto, que não houve nenhum fato que causasse transtornos.
Todas as autoridades e convidados, à exceção dos chefes de Estado e de governo, passaram pelo detector de metais e raios X. Antes da cerimônia, os principais ambientes do Palácio do Congresso sofreram "varredura" com cães anti-bomba cedidos pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.
Cláudia Lyra informou ainda que foi realizado convênio com hospitais, para o caso de emergências médicas. E a Câmara dos Deputados, parceira no processo da posse, cedeu sua ambulância para qualquer eventualidade.
Autoridades estrangeiras
Cláudia Lyra destacou, na posse da presidente Dilma Rousseff, a presença de um maior número de chefes de Estado e de governo e de representações estrangeiras entre os cerca de 1.500 convidados, em relação à posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outra novidade apontada pela secretária-geral da Mesa foi a utilização, pela primeira vez, de tradutores intérpretes da Casa para auxiliar o presidente do Senado, José Sarney, e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, na recepção às autoridades estrangeiras no Salão Nobre.
A secretária-geral da Mesa disse ainda que nas posses anteriores os envelopes dos convites eram escritos à mão por um calígrafo, o que gerava custos altos. Desta vez, foi utilizado esse serviço somente para o livro do Termo de Posse. O atual volume, com a assinatura da presidente Dilma e do vice Michel Temer, foi iniciado com a posse do presidente Café Filho (1954-1955). O primeiro volume se inicia com a assinatura do marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891), na chamada Primeira República.
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